O preço é controlado por meio da decisão da OPEP que define o quanto de barris serão produzidos. Ou seja, não há um controle no preço em si, o que há é uma alteração no volume produzido e o princípio da oferta e demanda faz com que o preço se altere;
O petróleo é uma commodity, logo o preço é regulado internacionalmente, contudo, ao invés de ser comercializado na Bolsa de Chicago, o preço é definido pela OPEP;
Os custos de exploração do petróleo, bem como grande parte dos equipamentos para sua operacionalização, são dólares, esse é, inclusive, um dos principais motivos para que seu preço seja regulado pelo mercado internacional, mesmo que sua exploração seja feita por uma estatal.
Mesmo que um país possua capacidade de exploração, é preciso ainda ser detentor de capacidade de refino. Isso não é trivial de ser alcançado, pois é preciso considerar a qualidade do petróleo que está sendo obtido na exploração e se ele atende suas necessidades;
Mercado com altíssimas barreiras à entrada, pois poucas empresas são capazes de arcar com os custos de P&D, perfuração, extração, refino e fechamento do poço. Além disso, há o risco de mesmo após a pesquisa e perfuração do poço, ele estar seco.
Existe um movimento de substituição dos combustíveis fósseis por outras fontes menos poluentes e renováveis. Contudo, acredito que levará ainda certo tempo, pois o petróleo se constitui como uma fonte energética bastante eficiente e diversificada, o que aumenta a complexidade de sua substituição.
Riscos
O preço é definido por um cartel de países que majoritariamente são ditaduras e, em sua maioria, situam-se em “hot spots”.
Potenciais acidentes ambientais fazem parte da atividade, gerando grandes prejuízos para o ecossistema local, além de prejudicar as margens no(s) trimestres afetados;
Elevados sunk cost;
Risco de perfuração de poço seco;
Risco de político, pois as empresas costumam movimentar grandes somas de dinheiro, despertando interesses diversos dos comerciais
Setor em que necessita de alto capex.
Resultado incrível da PRIO3 neste trimestre
Receita Líquida
A receita líquida neste trimestre ficou em R$ 4.2 bi, um aumento de incríveis 112% no comparativo anual, principalmente pela maior quantidade de barris vendidos (+ 118%) e nas vendas (+ 154%).
Discriminando a receita, temos que o campo de Frade foi responsável por 55,3% das receitas, uma vez que é o maior campo da companhia. O cluster de Polvo e TBMT foi responsável por 14,5% da receita total, enquanto que o campo de Albacora Leste contribuiu com cerca de 30,2%.
Custos
Os custos tiveram um aumento de 38% no comparativo anual, contudo o custo unitário caiu em decorrência de um maior volume de vendas realizado pela empresa.
EBITDA
A Petro Rio registrou um EBITDA recorde de R$ 3.07 bi com uma margem EBITDA de 73,2%, um aumento de 99,6% no comparativo anual, impactado pelos melhores resultados operacionais.
Lucro Líquido
A companhia registrou um lucro líquido recorde de R$ 1.6 bi, um aumento de 105,6% aa, impulsionado por um maior volume de produção e vendas da companhia.
Endividamento
No 3T23 não houve emissão de novas dívidas, portanto o custo médio da dívida foi de 6,18% com duration de 2,36 anos, basicamente estável em relação ao 3T22.
A dívida líquida/EBITDA está em 0,9x ante o -0,3x do 3T22.
Operacional
O lifting cost da companhia está em 7 (US$/bbl), renovando a mínima histórica, uma redução de 26% em comparação ao 3T22.
Essa redução se deve ao aumento da produção no campo de Frade, aumento da produção e redução dos custos do campo de Albacora Leste.
Campo de Frade - a produção deste campo foi de 56,6 kbpd, um aumento de 11% no volume produzido se comprarmos com o 3T22, principalmente pela entrada em operação do 5º poço produtor ODP5 adicionando 8kbpd ao campo.
Cluster Polvo e TBTM - o volume produzido no ano foi 8% menor em relação ao trimestre anterior devido à parada programada para manutenção do poço POL-W.
Albacora Leste teve uma produção diária de 27 mil barris com uma eficiência operacional de 81,4% vs 68,8% do mesmo período do ano passado, impactado pelas manutenções corretivas e substituição de equipamentos na unidade operacional.
DRE
Custos
EBITDA e EBIT
Balanço Patrimonial e Índices
Operacional
Endividamento